É somente a partir do século XIX que se pode falar em industrialização no Brasil. Até então, essa atividade era muito restrita
A industrialização no Brasil |
A análise do processo de desenvolvimento econômico do Brasil nos mostra que, por cerca de quase quatro séculos, a economia esteve sob o jugo do poder agrário, com produção voltada para a exportação. Por todo o período colonial, a base econômica esteve assentada na exploração agrícola ou na exploração mineral com uso de mão-de-obra escrava. Esse modelo atendia aos interesses da metrópole portuguesa, para onde era remetida a maior parte dos lucros obtidos.
As relações entre Portugal e sua colônia na América davam-se por meio do Pacto Colonial, e por isso o desenvolvimento de qualquer outra atividade que pudesse prejudicar os interesses econômicos da metrópole era proibido. As restrições à implantação de indústrias no Brasil só foram revogadas com a chegada da Família Real Portuguesa em 1808, mas a concorrência dos produtos ingleses impedia o desenvolvimento do setor industrial. No período seguinte, quando o Brasil já constituía um Império, e durante os primeiros anos da República, a economia agrária permaneceu centralizando o poder, mudando apenas o produto: na maior parte do tempo o café, durante um curto período o cacau, e a borracha durante alguns anos.
É somente a partir do século XIX que se pode falar em industrialização no Brasil. Até então, a atividade industrial no país se resumiu à instalação de algumas pequenas fábricas, a maioria dedicando-se à produção de tecidos grosseiros, calçados, utensílios domésticos, equipamentos agrícolas simples, entre outros. Os resultados dessas poucas fábricas foram incipientes, especialmente se comparados aos da agricultura.